Pesquisa revela dados alarmantes sobre doenças mentais relacionadas ao trabalho

11 de outubro de 2024 15:46

A discussão sobre saúde mental no trabalho vem ganhando um grande espaço no âmbito mundial. Uma pesquisa realizada pela consultoria especializada em análise comportamental no Trabalho, Gallup, com 128 mil funcionários e funcionárias em mais de 160 países, revelou que no Brasil 46% dos trabalhadores e/ou trabalhadoras estão estressados, 25% tristes e 18% com raiva. Esse dado coloca o país em quarto lugar em sentimentos de raiva e tristeza, e em sétimo lugar em estresse na região da América Latina.

Outros números mostram que os índices de patologias relacionadas ao esgotamento e insatisfação no trabalho têm piorado ao longo dos anos. Dados do Ministério da Previdência Social revelam que 288.865 benefícios por incapacidade devido a transtornos mentais e comportamentais foram concedidos no Brasil em 2023, o que representa 38% a mais do que em 2022.

No setor público, isso não é diferente: muitos casos de adoecimentos mentais podem ser causados por situações no ambiente de trabalho, como assédio, pressão, fadiga e estresse. Cotidianamente, servidores públicos vivem situações difíceis. Assédio, alta pressão e ambientes de trabalho inadequados são comuns e contribuem para o aparecimento de transtornos mentais, como burnouts, depressão e ansiedade. Como resultado, servidores públicos se desmotivam, mudam de área ou até mesmo se afastam do trabalho.

A dificuldade em entender e analisar os casos de adoecimentos mentais relacionados ao ambiente de trabalho dificulta a resolução do problema. O mundo laboral está em constante mudança, por isso, manter um ambiente positivo e adequado é uma ótima estratégia para combater as doenças ocupacionais vinculadas à saúde mental.